História & Teoria Queer


“O dispositivo histórico deve ser interpretado como uma sofisticada tecnologia que organiza nossas percepções sobre quem fomos e somos nós. Ainda reverbera, por exemplo, a leitura que o Estado brasileiro propalou de que somos uma democracia racial e que nosso ethos como povo caracteriza-se pela cordialidade. A nossa escravidão não era tão cruenta como a estadunindese, afirmavam senadores em plena sessão parlamentar discutindo a Lei do Ventre Livre em setembro de 1871. A nossa ditadura militar não torturou nem matou como a chilena e argentina, dizem os militares escutados na Comissão da Verdade. A nossa lgbtifobia não é tão cruenta como se diz.  Como aponta os autores na apresentação, “Depois da ‘democracia racial’ propalada por Gilberto Freyre e Jorge Amado, parecia que viveríamos uma “democracia sexual e de performances de gênero”.


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