Educação Física, Esporte e Queer: Sexualidade em Movimento


“Talvez um dos espaços mais difíceis de fazermos as disputas (e que este livro ousadamente assume como tarefa), seja os debates das questões transviad@s (ou queer) no âmbito da educação física e dos esportes em geral.  O caso da jogadora de vôlei, Tifanny Abreu, explicitou esta dificuldade mais uma vez.  Uma rápida leitura nas matérias publicadas nos grandes jornais nos leva para o par vantagem/desvantagem como central. Ela, por ter uma estrutura hormonal masculina, levaria vantagem em relação às outras competidoras. Aqui, mais uma vez, é reiterada aquelas cenas do pátio da escola. Mas qual a vantagem que se pode atribuir à uma pessoa que migra de um gênero para outro em um país onde o transfeminicídio é o mais elevado do mundo? Qual a vantagem em circular por espaços sociais (penso aqui nos vestiários dos estádios, nos banheiros) e ser, a cada momento, exposta às agressões visuais, verbais? É como se os hormônios tivessem uma vida independente de outras estruturas corporais e psíquicas.”


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