Paisagem e gênero: estratégias identitárias e subjetivação de corpos


 

“Ainda vivemos o tempo glorioso da segregação por gênero. Por que, ao contrário das segregações motivadas por raça, as por gênero parecem não incomodar na dimensão necessária para que haja transformações mais substanciais nas estruturas hierárquicas de gênero? Talvez porque ainda estejamos na fase inicial da desnaturalização das identidades de gênero e, certamente, um dos efeitos dessa luta/desconstrução será percebida na organização e distribuição espacial. Possivelmente, em tempos vindouros, soará como uma esquisitice a lembrança de que éramos construídos como seres genitalizados e histórias de mulheres trans sendo expulsas de  banheiros femininos serão escutadas com uma exclamação: ‘Como isso foi possível!?’ Na minha cidade utópica, os espaços serão livres de constrangimentos. Os corpos poderão usufruir plenamente da promessa fracassada da modernidade: a cidade como lugar do exercício da liberdade” (Berenice Bento – Prefácio)


2 Comentários

  • Rubens de Andrade

    Maravilhoso exercício de sensibilidade de Berenice para esta obra que organizamos, Eu, Rubens de Andrade, Diana Alberto e Aldones Nino. A leitura atenta de Berenice nos brindou com um texto claro e vigilante sobre questões centrais do cotidiano de nossas paisagens hoje.

    Um presente de vida Berenice! Somos muito gratos!

    • Berenice Bento
      Berenice Bento

      A obra está um luxo, Rubens. Além da qualidade teórica dos capítulos, está belíssimo!

Deixe um comentário para Rubens de Andrade Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.