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Palestina, meu amor
Visitei a Palestina duas vezes. Uma no inverno, outra no verão. Na primeira vez, em agosto de 2015, fiquei 10 dias. Voltei em novembro de 2016 para uma temporada de três meses. Abreviei minha estadia. Tornou-se insuportável seguir lá. Diante dos abusos e violência que presenciei, eu sentia que meu corpo, a qualquer momento, entraria em combustão, como um transformador de energia no alto de um poste. Precisei voltar. O coração das trevas, o horror contemporâneo, chama-se colonialismo e apartheid israelenses.
O colonialismo israelense ocupa todos os poros da vida palestina. Da burocracia à violência letal, nada escapa ao controle colonial microfísico. Por dias, eu vi a humilhação dos trabalhadores nos postos de controle militar. Eles precisavam ter sorte para conseguir fazer a travessia do posto de controle para chegar ao trabalho às 8 horas da manhã. As filas começavam a se formar por volta das 3 horas de manhã. Durante o inverno, a travessia tornava-se ainda mais penosa. Enquanto eu esperava para fazer a travessia, um trabalhador me disse, em inglês: Está vendo? Somos gado, animais, não somos humanos. Ele não estava errado. Toda a estrutura dos postos de controle militar é inspirada em um matadouro de gado. Durante a travessia, o posto pode ser fechado porque algum/alguma palestino/a foi executado ou ferido. A previsibilidade do cotidiano em contexto colonial não existe.
Em 2015, participei de um protesto em Ramallah por justiça para um bebê de 18 meses e de seus pais. Eles foram queimados vivos por terroristas sionistas que incendiaram a casa da família. Naquela manifestação, uma criança palestina de 16 anos foi assassinada pelo exército israelense. Por dias, os postos de controle militar ficaram fechados. Se o posto de controle é fechado, não tem como o trabalhador palestino chegar ao trabalho e serão dias sem salário.
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Eu tentei, algumas vezes, autorização para visitar Gaza. Impossível: apenas funcionários da ONU têm autorização de Israel para entrar. Engana-se quem diz que Gaza é uma prisão ao céu aberto. Não existe nada aberto em Gaza. O céu, o mar, as fronteiras, tudo é controlado por Israel.
A exposição Palestina, meu amor soma-se aos eventos que acontecem em maio em todos os cantos do mundo. A catástrofe (Nakba) palestina já dura 73 anos. A Nakba não foi um ato único que aconteceu em 1948. Não existe interrupção na política de limpeza étnica e genocida de Israel. Foi o que eu testemunhei, com o corpo tremendo e com sangue nos olhos.
Os/as palestinos/as estão separados/as por 724 quilômetros de muro, com oito metros de altura. É um povo fragmentado entre a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental, campos de refugiados, Israel e pelo mundo afora. O controle de mobilidade do povo palestino em sua própria terra é feito por uma mistura de cimento, papéis e armas. Como atravessar o muro e alcançar os abraços de parentes que vivem do outro lado? Do lado palestino, os muros são espaços de abertura para o mundo. Poemas, desenhos, grafites, cores e formas cobrem os muros até onde os braços alcançam. Apresenta-se ao mundo em formas abstratas, sentido abertos, textos sobrepostos. A estética abstrata deixa-nos livres para escolher qual camada decifrar. Algo que não nasceu arte, tornou-se. A obra-prima do colonialismo israelense, o muro, em mãos palestinas, é ressignificada em vida. Na Palestina, os muros falam (as fotos são do muro que separam Jerusalém Oriental Ocupada da cidade de Belém, conhecido como checkpoint 300).
Clique nas fotos para ampliar.
Ambulância de Israel
Eu sou um jovem palestino e nasci e cresci em Beit Sahour, uma pequena cidade fora de Belém. Dois anos atrás, eu conheci uma garota, uma refugiada palestina de Belém. Nós nos casamos e ela engravidou. No sexto mês de gravidez, ela começou a ter algumas complicações e, como resultado, ela teve o bebê três meses mais cedo. Devido às complicações, o bebê necessitou ir ao hospital Al Maquasid, em Jerusalém Oriental, para tratamentos. Quando alcançamos o posto de controle militar, os soldados negaram-se a nos deixar passar, apesar da situação crítica do bebê. Eles pediram-nos para chamar pela ambulância israelense, mas, quando eles (a ambulância) chegaram, não permitiram que minha esposa acompanhasse o bebê. Depois de uma longa e quente discussão, os soldados permitiram-nos passar. A ambulância me obrigou a pagar 250 shekels. Afinal, nós fomos admitidos no hospital.
- Geoerge, Beit Sahour.
Lama
No último Natal, minha família decidiu ir para Jerusalém. Nós conseguimos as autorizações de Israel. Meu pai era a primeira pessoa a atravessar o poste de controle militar. O soldado perguntou: “Qual é seu nome de família?”. Meu pai respondeu: “Lama”. O soldado repetiu a mesma pergunta e meu pai deu a mesma resposta: “Lama”. O soldado perdeu a paciência e manteve-se perguntando repetidamente a mesma pergunta. O soldado começou gritar. As pessoas começaram a chorar e ninguém sabia o que estava acontecendo. O capitão do posto chegou com pressa para investigar o problema. Ele perguntou ao meu pai novamente: “Qual é seu nome de família?”. Meu pai respondeu novamente e de um modo muito educado: “Lama”. Após alguns momentos, o capitão compreendeu qual era o problema. A palavra “Lama”, em hebreu, significa “por que”. De fato, uma boa questão para os postos de controle militar.
- Mary, Belém.
Escola de verão
Meu sonho era ter uma escola de verão fora de Belém. Todo tempo, nós temos a escola de verão dentro desses muros. Eu apenas quero ir para o lado de fora, ser livre e ter muito espaço para brincar. Apenas esquecer o muro, esquecer nossa prisão. Quando eu crescer eu serei um criador, eu espero que eu tenha o poder para mudar o muro e criar outra coisa. Algo que seja inofensivo, que não machuque as pessoas nem as aprisione.
- Adnan, Belém.
Orgulhoso
Meu nome é Alaa’. Eu me considero palestino, apesar de ter nascido no Jordão e ter vivido lá até a idade de seis anos. Após a morte do meu pai, eu mudei com toda a família para Palestina. A terra, o clima, as pessoas eram muito sentimentais para mim, como um menino de sete anos de idade. Eu decidi nunca deixar a Palestina, não importa o que aconteça. Então, apesar de eu não ter a identidade palestina, eu me considero palestino e eu sou orgulhoso disso e eu sou feliz aqui. Apesar dos desafios em viver aqui, devido à ocupação israelense, eu ainda considero a Palestina o país mais lindo do mundo.
- Alaa’, Jerusalém.
Árvores bloqueiam a rua
Três irmãos formados no ensino médio em Belém. Após receber seus diplomas, eles notaram que a nota em educação religiosa estava faltando. Eles perguntaram ao professor e ele lhes respondeu: “Voltem amanhã e darei a nota”. Os três garotos foram para casa. No caminho, eles encontraram uma árvore caída, bloqueando o caminho. O mais velho passou e não fez nada. O irmão mais jovem começou a puxá-la do meio da estrada para a calçada. Seus dois irmãos começaram a gritar: “O que você está fazendo?”. Mas ele continuou a retirar a árvore do caminho. Por coincidência, o professor estava caminhando atrás dos irmãos e viu o que o mais novo estava fazendo. Ele gritou para ele em frente dos outros irmãos: “A nota de educação religiosa para você é 10/10. Religião é também sobre o modo como nós lidamos com obstáculos como a árvore na rua”. E nós podemos acrescentar: “Sobre muitos outros obstáculos que bloqueiam nossas estradas e liberdade de movimento”.
- Ali, de Belém, primo dos três irmãos.
Chorando em desespero
Eu lembro o que aconteceu com meu amigo. Ele tinha 20 anos de idade. Os doutores instalaram um marca-passo em seu peito para regular coração dele. Um dia, ele, de repente, ficou muito cansado e não se sentiu bem, então ele foi ao hospital em Israel. Após alguns testes, ele estava bom para ir para casa, mas poucos dias depois ele ficou exausto e muito doente. Seus pais chamaram a ambulância e eles foram para o posto de controle do norte de Belém, para ir ao hospital em Israel. Todos os seus familiares e amigos, inclusive eu, estávamos com ele. Mas o soldado israelense não lhe permitiu, nem aos parentes, passar porque eles não tinham as autorizações para entrar em Jerusalém. Depois de um curto tempo, ele morreu no posto de controle militar, chorando e gritando de dor.
- Adel - Belém.
Desenhando
Eu vi uma criança de oito anos de idade desenhando na rua. Eu estava curioso, então eu sentei ao lado dela, ela olhou para mim, mas continuou desenhando. Ela estava desenhando um túmulo de um garoto jovem. O garoto jovem estava sentado em seu túmulo, pronto para sair de dentro. Um outro garoto, mais jovem que o garoto no túmulo, estava parado ao lado dele. No outro lado do desenho, os dois meninos estavam jogando futebol. Eu vi uma lágrima correndo na bochecha do garoto. Eu perguntei quem era o garoto no túmulo e ele me respondeu que era seu irmão. Ele não precisou dizer mais nada.
- Fuad, de Belém.
Eu quero ser uma soldada
Eu tenho 16 anos de idade e eu quero ser uma soldada. Há mulheres soldados em outros países, então por que não na Palestina? Mas eu não posso me tornar uma soldada, eles não me aceitam como uma mulher. Eu tenho medo de que eles me assediem e me incomodem. Mesmo assim, eu quero servir à Palestina e torná-la um lugar melhor. Eu quero lutar por nossa liberdade e mostrar para todos que as mulheres são fortes e que podem lutar pelo que elas acreditam. Eu gostaria de ver outras garotas com o mesmo sonho de se somar às forças armadas e fazê-las um lugar onde mulheres sejam bem-vindas. Todos nós somos parte da Palestina, mulheres e homens. Então, por que eu não posso lutar pelo meu país e pelo meu povo?
- Christina, de Belém.
BDS
Estas três letras tornaram-se o pesadelo do Estado de Israel. Em 2005, a sociedade civil palestina lançou um apelo ao mundo pelo Boicote, Desinvestimentos e Sanções a Israel (BDS). Por onde andei na Cisjordânia, encontrei a sigla do movimento espalhada nos muros. Os objetivos do MBDS são: fim da ocupação e da colonização dos territórios palestinos, igualdade de direitos para os cidadãos palestinos em Israel, respeito ao direito de retorno dos refugiados palestinos.
Laila Kaled é um símbolo da presença feminina na resistência do povo palestino. Ela passou a infância e a adolescência vivendo como uma refugiada no Líbano, como milhares de outras crianças que viram suas casas roubadas pelos sionistas. Passou a fazer parte da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), que tinha como principal meta a formação de um Estado Palestino, orientado pelo socialismo.
A chave é um dos símbolos do povo palestino. Certamente aqui, no campo de refugiados Aida (localizado em Belém), muitos ainda guardem as chaves de suas casas. O campo de refugiados Aida foi criado pela UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo) em 1950. Sua população (cerca de 3 mil refugiados) é procedente de 43 povoados invadidos (e alguns destruídos) por Israel em 1948 e em 1967. Aida se soma aos outros 59 campos de refugiados palestinos espalhados pela Cisjordânia, Gaza, Jordânia, Síria, Líbano. O direito ao retorno é garantido pela Resolução 194 da ONU (de 11/12/1948), mas Israel se nega a cumpri-la.
Espalhadas pelas paredes externas das casas em Aida há fotos e desenhos de refugiados que foram assassinados por Israel. São rostos de crianças e adolescentes. A presença dos mártires talvez seja uma inspiração para fazê-los seguir a luta por justiça. Palestinos/as que vivem nos campos de refugiados estão ali porque tiveram suas casas roubadas e parentes assassinados por Israel e, mesmo ali, Israel segue perseguindo-os/as e matando-os/as. As marcas das balas estão espalhadas por portas e janelas das casas. O campo de refugiado, por sua própria vulnerabilidade política, não deveria ser protegido internacionalmente?
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Ruas improvisadas, tortas, difíceis de caminhar. Antes eram tendas oferecidas pela UNRWA. Um morador de Aida, nascido no Campo, me disse que, quando era criança, sempre escutou os parentes mais velhos dizendo que não iria demorar: logo voltariam para suas casas, para seus pomares. A vida voltaria a ser como antes. A longa noite de 73 anos ainda não passou.
A comunidade beduína de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia, localizada nas colinas à leste de Jerusalém, vive do pastoril de ovelhas e cabras. Encontra-se entre dois imensos assentamentos (Maale Adumim e Kfar Adumim) de colonos sionistas. Por inúmeras vezes, Israel já destruiu partes consideráveis das precárias instalações da comunidade Khan al-Ahmar. As ordens de demolição dos frágeis barracos não param. Periodicamente, os soldados destroem casebres, derrubam tanques de água, danificam painéis solares. A transferência total da população é o objetivo, o que se configuraria como crime de guerra. A transferência forçada de uma população que está sob ocupação militar é proibida por leis internacionais. A foto registra a demolição de um abrigo para animais, horas antes de minha visita à comunidade.
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Próxima à comunidade, está a escola (fundada em 2009) frequentada por cerca de 150 alunos de Khan al-Ahmar e de comunidades beduínas das proximidades. Parte da estrutura foi construída utilizando-se pneus. A precariedade das instalações contrastava com o orgulho que a diretora demonstrava ao apresentá-la. As doações chegam de várias partes do mundo (principalmente da Itália), mas não podem ser usadas completamente porque Israel as confisca.
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A expulsão da comunidade beduína Khan al-Almar insere-se no projeto global de Israel de limpeza étnica continuada. Em Sheikh Jarrah, todos os dias acontecem demolições de casas, abrigos de animais e edifícios. E para onde vão as famílias? Possivelmente para algum campo de refugiado. Eram sete horas da manhã quando registrei a tristeza da família sobre os escombros da casa. Os soldados chegaram de madrugada, cercaram o bairro e começaram a destruição. Além das demolições, está sendo invadido por colonos judeus, que exibem bandeiras israelenses e armas com o orgulho. Dizem que a terra lhes pertence por mandato divino. Seguem transformando Deus em assassino e genocida.
Nota: Hoje, 10 de maio de 2021, enquanto trabalho na finalização dessa exposição, as imagens e notícias da brutalidade israelense contra palestinos/as correm o mundo. Querem roubar as casas de dezenas de famílias de Sheikh Jarrah. O exército israelense já matou 20 palestinos (sendo 09 crianças), feriu centenas e prendeu outras centenas. A mesquita de Al Aqsa foi invadida pelo exército israelense.
No primeiro plano, o Muro das Lamentações, local sagrado do judaísmo. No segundo, visão de Al Haram Al Sharif (Nobre Santuário) sagrado para muçulmanos/as. A enorme rampa coberta é o único acesso (controlado por Israel) dos/as turistas a Al Haram Al Sharif. Na foto de baixo, a Cúpula da Rocha. Em agosto de 2015 (mês do Ramadã – mês sagrado para os/as muçulmanos/as), eu esperava ansiosa para conseguir acessar os jardins e conhecer a obra-prima Cúpula da Rocha. A fila movia-se lentamente. Acompanhei atenta a conversa cordial de um homem judeu com uma jovem alemã muçulmana. Logo depois que conseguimos passar pela barreira militar israelense e quase chegando à Cúpula da Rocha, iniciou-se um tumulto. Sionistas conseguiram entrar no Nobre Santuário (pelo acesso de turistas) e começaram a gritar. Iniciou-se uma batalha campal entre muçulmanos, os vândalos sionistas e o exército. A moça, que minutos antes estava comigo na fila, tentou correr, caiu e foi atacada por socos na barriga e na cabeça por aquele “homem cordial” que nos acompanhou na fila. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa para tentar ajudá-la, fui empurrada para deixar o local pelos gritos (go, go!!) e corpos dos soldados israelenses que distribuíam fartas borrifadas de gás lacrimogênio.
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É possível, durante o mês do Ramadã, encontrar faixas com citações do Alcorão em Jerusalém Histórica ocupada ostensivamente por tropas israelenses. As faixas demoram pouco tempo. Logo, soldados israelenses as destruirão. Depois que tirei esta foto, o menino me avisou que eu não deveria fotografar. O soldado parou o trabalho de retirada para me expulsar do local.
Portão de Damasco – São sete horas da manhã. O Portão de Damasco, entrada principal para a cidade histórica de Jerusalém, começa a receber os comerciantes palestinos que chegam com seus produtos em transportes precários. São quase todos crianças e adolescentes. Em poucos minutos, os soldados israelenses chegarão para controlar a entrada. Como será o dia? Os portões que dão acesso ao Nobre Santuário estarão abertos? Os soldados entrarão novamente na escola palestina para prender alguma criança? Sionistas dançarão e gritarão para o mundo “morte aos árabes”? Outra criança palestina será executada? Quais alegrias e tristezas marcarão mais um dia na colonização que já dura 73 anos?
Nota: As fotos são de 2016. Atualmente, na entrada do Portão, há um posto permanente do exército de Israel.
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Qual “civilização” tem como política de Estado a eliminação de oliveiras? Apenas em 2020, Israel danificou 9.646 oliveiras. Esta oliveira, uma senhora decana, mora em Yanoun (povoado próximo a Nablus). Suas rugas estão estampadas no seu caule grosso e torto. Ela já testemunhou o nascimento de uns, a morte de outros e o esvaziamento do povoado. Será que os milicianos sionistas (os colonos) têm pesadelos com elas e as veem declarando ao mundo o que viram? De onde vem este ódio às oliveiras? A oliveira seguirá nas mãos dos/as palestinos/as.
Fotos e textos: Berenice Bento.
Tradução dos cartazes: Berenice Bento.
Revisão textual: Gerusa Bondan.
Tratamento das fotos e diagramação: Raphael Mirai.
CHARLES DOS SANTOS BRASIL
Obrigado Profa. Berenice por nos apresentar a Palestina com um toque de Amor.
Berenice Bento
Charles, querido, muito obrigada pela visita. Bjs.
Tânia Mara Campos de Almeida
MATERIAL FOTOGRÁFICO IMPRESSIONANTE!
Sensível, forte e denunciante.
Berenice Bento
Tânia, querida, muito obrigada pela visita. Beijos.
Lorena Freitas - UFPB
É fundamental olhares como o seu, profa Berenice, fazer divulgar esta questão, porque há um imensa guerra cultural e propagandas que aos olhos gerais parece que Israel é a vítima e ninguém dá voz a Palestina.
Berenice Bento
Exatamente, Lorena. Vamos fazer a nossa parte. Palestina Livre!
Rodrigo Pires de Campos
Bela e comovente a exposição. Parabéns!
Berenice Bento
Muito obrigada, Rodrigo. Um abraço.
Josenildo Soares Bezerra
Que sensibilidade!
Berenice, quanta saudade de vc!
Abraços, querida!
Berenice Bento
Obrigada, meu querido. Contado os dias para voltar a Natal. Beijos.
RONALDO COUTINHO GARCIA
Sensibilíssimo relato, revela o fascismo israelense, com a atualização das técnicas nazistas. Chocante realidade que se agrava célere. Os últimos dias confirmam
Berenice Bento
Muito obrigada pela visita e comentário, Ronaldo. Um abraço.
ANGELO CABRAL ESPERANÇA
Meu Amor ❤️😍
Berenice Bento
Obrigada, Angelo.
Erik Pereira
Que coisa mais emocionante!!!!
Berenice Bento
Obrigada, Erik.
Augusto Lima
Em plena pandemia, no recanto tranquilo de minha casa, leio os textos e vejo as fotos… Nos sites as notícias do mais novo massacre israelense contra o povo palestino… Meu corpo também treme e meus olhos estão ensanguentados… Como podem viver diante de tudo que sofrem há tanto tempo??? Meu respeito, admiração e carinho pelo povo palestino, que continua a resistir!!! Obrigado Berê! Ato de coragem e solidariedade com a beleza e força que você sabe fazer!
Berenice Bento
Meu amigo-camarada Augusto, muito obrigada. Eu tive escola política e muitas pessoas que por lá passaram me inspiram. Você, meu amigo de sonhos por muito mais justo, bonito e alegre (viva o samba!) faz parte de minha vida, de minha formação como humana. Saudades da porra!
Andréa Vettorassi
Fiquei comovida com a exibição e aprendi muito. Obrigada por essa generosa partilha. Um carinhoso abraço que envio de terras lusitanas!
Berenice Bento
Muito obrigada, minha querida. Por uma triste coincidência, a exposição ficou pronta quando está em curso mais um massacre. Dados de hoje: 83 (sendo 17 crianças e 07 mulheres) palestinos assassinados, 365 feridos. Sofrimento sem fim.
Larissa Pelucio
Querida Bere, sensível, oportuna e necessária essa exposição, fragmentos que humanizam, criando fissuras nesse inaceitável muro, nesse vergonhoso cerco. Tuas fotos são como crônicas.
Berenice Bento
Larissa, minha amada, muito obrigada pela visita e comentários. Nós somos dessas: fissuramos o mundo, né, minha Diva?
Nelma de Cabral
Salve, salve pelas imagens e textos impressionantes – delicadezas de seu olhar e de sua escuta para nos apresentar a dor, a resistência e a força de afirmação da vida de um povo. Impossível não ser afetada pelo sofrimento dos palestinos, sua luta e suas alegrias. Grata, Berenice
Berenice Bento
Minha querida Nelma, muitooo obrigadaaaa pela visita e pelo comentário. Beijos.
Muna Ahmad Yousef
Muita gratidão por apresentar seu olhar amoroso. A Palestina necessita mesmo de amor e justiça.
Sandra Zanni
É preciso denunciar a violência que o povo palestino sofre. Obrigada pela sua coragem e determinação em fazer isso. Abraço
Free Palestine!✊
Berenice Bento
Free Palestine!!
José Pimenta
Obrigado por este testemunho lindo, sensível e comovente.
Berenice Bento
Muito obrigada pela visita e comentário, Pimenta. Um forte abraço.
Francilio Rocha
Excelente exposição professora. Uma viajem histórica de um povo sofrido…
Luiz Paulo Moita Lopes
Obrigado, Berenice, por me enviar a sua exposição “Palestina, meu amor”. Esse é o momento certo de lembrar do sofrimento dos palestinos. Que as terras palestinas sejam devolvidas aos povos palestinos! Espero te conhecer pessoalmente, Berenice, num futuro próximo. Compartilhamos o mesmo amor-politico.
Berenice Bento
Obrigada pela visita e comentário, Luiz. Que as terras palestinas voltem para as mãos do seu povo!
Ana Luiza Avellar Netto
Profa. Berenice,
Fiquei impressionada com as fotos e com o texto, sensível e bem cuidado. E fiquei emocionada com os relatos. É uma exposição necessária e urgente. Obrigada por compartilhar essa experiência de conhecimento, de dor, de denúncia. E também uma experiência de muito amor. Obrigada.
Berenice Bento
Ana Luiza, muito obrigada pela visita e pelo generoso comentário. Um forte abraço.
Stella-Lizarra
Como sempre, seus mergulhos servem para nos revelar aquilo que muitos procuram esconder ou não ver. Gesto audacioso e necessário. Parabéns!
Berenice Bento
Stella-Lizarra, você é sempre tão elegante e generosa. Obrigada.
Nilo Canuto
No jardim da “civilização” oliveiras são pragas.
Belo texto Berê, mas confesso que não consegui ler todo, tudo aí e aqui neste momento dói.
Berenice Bento
Sim, Nilo meu querido…o ar pesa, dói até pestanejar. Mas vamos nos manter viv@s! Saudades. Beijos.
Miriam Adelman
Muito obrigada pelo belo trabalho, minha corajosa amiga!
Berenice Bento
Miriam, minha amiga querida, muito obrigada pela visita. Palestina Livre!
Muna Ahmad Yousef
Muita gratidão por apresentar seu olhar amoroso. A Palestina necessita mesmo de amor e justiça.
Berenice Bento
Muito obrigada pela visita e comentário, Muna. Palestina Livre!! Um forte abraço.
Eda Nagayama
Berenice amada, precisei de dias para conseguir “voltar” à sua/nossa Palestina, “de corpo tremendo e sangue nos olhos”, hoje misturado às lágrimas diante da injúria e inaceitável brutalidade da colonização, da “autorização” da comunidade internacional assistindo de camarote, apoiada por Biden ao dizer que “Israel tem o direito de se defender”.
Hala, em Yanoun, me escreve: “Actually the situation in West Bank is terrible and I think it will be worse”.
Gratidão pela exposição, tão necessária, de tanta sensibilidade.
Obrigada por quem é no mundo.
Berenice Bento
Eda, minha amiga, que saudades da nossa Palestina, das nossas conversas em Belém, em Jerusalém e na comovente Yanoun. Quero voltar, preciso voltar. Ojalá que possamos voltar juntas, as desgarradas do mundo. Muito obrigada por tudo sua amiga. Saudades imensas.
Eda Nagayama
Inshallah, minha amada! Também quero voltar! Admiração, carinho e saudades – sempre imensas! Estamos juntas!
Ana Liési Thurler
Querida Berenice,
Obrigada por aqui no Brasil, aqui em Brasília, forte e atentamente, lembrar quanto a Nakba continua por mais de sete décadas e aí está ainda hoje, com o sacrifício, a morte de palestin@s pelo sionismo.
Admiração e respeito pela guerreira que você é. Palestina livre!
Abraço forte.
Berenice Bento
minha querida Ana Liési, isso mesmo…73 anos de colonialismo. O povo palestino já sofreu demais!! Chega. Obrigada pela visita e pelo comentário.
Márcia Paschoal
“O mundo civilizado que deixa matar, deixa morrer. Tantos.”
Eda Nagayama, em YASER
Que ‘sufocante’ recolhas em imagens & textos… tocante exposição Berenice Bento. Sempre urgentes, não?
Abro o texto com Eda, pois foi à partir dela e de ‘YASER’ que mais me aproximei das brutalidades, violações e desunanidades na Palestina.
Acompanhei a live ‘Mulheres na Palestina’ pela página da DESACATO e outras contra o processo genocida de Anexação.
Interessante a sua reflexão, entre outras, sobre o termo “prisão à céu aberto” eu própria já usei muito, mas você trouxe uma outra realidade à partir das vivência lá e é sempre urgente denunciar o que as histórias contadas omitem, confundem e “varrem para baixo do tapete, para trás das barreiras, das cercas, dos muros altos, como faz Israel com os Palestinos. Outro tipo de inferno.” Eda Nagayama
Sua exposição vai instigar em mim, mais de um comentário, mas fica aqui minha gratidão. Parabéns!
Márcia Paschoal
Berenice Bento
Márcia, muito obrigada pela visita e comentário. E, sim, YASER de Eda Nagayama é uma obra-prima. Um forte abraço.
Eduardo Amorim
Brilhante trabalho, professora!
Seu documentário é genial e emotivo – fui às lágrimas sem ter relação nenhuma com a causa palestina…
A luta contra a opressão é uma luta de toda a Humanidade!
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros…” (Che Guevara)
Berenice Bento
Muito obrigada, Eduardo. Um forte abraço.
José Baptista de Mello Neto
Parabéns por mais essa maravilha, Berenice!
Berenice Bento
Meu amigo amado, que saudades! Muito obrigada pela visita. Nós, defensores dos direitos humanos, não limitamos nossa indignação às fronteiras nacionais, não é? Bjs.
Paulo Roberto Pereira de Araujo
Revoltante. É a única palavra que me ocorre.
Berenice Bento
Obrigada pela visita, Paulo. Um forte abraço.
Regina
Achei a exposição educativa e,portanto, bonita, embora o conteúdo seja assustador. Parabéns professora. Perpetue esse modelo!
Berenice Bento
Sim, Regina… é assustador. Muito obrigada pela visita e pelas palavras. Um abração.
Flavio joão Adulai Bari
Exposição interessante,para o presente artigo e sicializa parte de uma pesquisa mais ampla que analisa a relação entre pesquisadores acadêmicos de conhecimento científico em seu movimento de vida uma trajetória dentro e fora das universidades.
Philippe Poncet
Estou a favor e torço pelo seu trabalho militante da causa palestiniense.
Berenice Bento
Obrigada pela visita, Philippe.
Luiz Assunção
Berenice, obrigado por nos colocar mais próximos da questão palestina. Não tenho palavras diante de tanto horror.
Berenice Bento
Querido Luiz Assunção, muito obrigada pela visita e comentário. Sim…horror…é a melhor palavra.
Schabib Hany
Obrigado, Professora Berenice Bento! Embora seja de ascendência árabe (meu saudoso Pai, libanês, e minha querida Mãe, boliviana filha de libaneses e sírios, porque quando emigraram o Líbano ainda não tinha sido criado pela França, que colonizava, entre outros países árabes atuais, a Síria e o Líbano), e meu Pai tivesse percorrido de norte a sul a Palestina entre 1935 e 1939, eu e todo(a)s o(a)s Irmão(ã)s nunca estivemos nos territórios descontínuos que sobraram da Palestina milenar.
Foi o Professor Tiago Duque (da UFMS) que me deu a honra de conhecer sua genial e emocionante manifestação de solidariedade, palpitante, humana e, sobretudo, impactante. Devo, pois, a ele a oportunidade de conhecer a senhora e sua sensibilidade cidadã como cientista que trabalha para a evolução das condições de vida entre seres humanos neste planeta cada vez mais dominados por seres bizarros, cultores da opressão e da cobiça.
Emocionante seu registro. Elucidativo seu texto. Lindamente oportuno seu gesto de profunda sensibilidade, solidariedade e indignação cidadã.
Obrigado, obrigado, obrigado!
Berenice Bento
Estimado Schabib, suas palavras gentis me tocam profundamente. Muito obrigada. Palestina será livre!
Irineu Tamaio
Prezada Profa. Berenice,
Minha gratidão por essa oportunidade rara de aprendizado e sensibilidade com os oprimidos. Quero te parabenizar por expor de forma clara, com dimensão humana e solidária, o genocídio do povo palestino por um Estado racista, que promove o apartheid e não aprendeu nada com a História.
Berenice Bento
Muito obrigada pela visita e pelas palavras carinhosas, Irineu. Um dia, o sionismo será derrotado e a Palestina será livre.
Fabio Bosco
Além de bonito, seu trabalho é muito necessário para alimentarmos a solidariedade que o povo palestino precisa e merece!
Parabéns!
Berenice Bento
Muito obrigada, Fábio Bosco. Tenho profunda admiração pelo teu engajamento permanente em defesa da vida e justiça. Um forte abraço.
Natascha Staack
E a Palestina 🇵🇸 continua a gritar diante do silêncio conivente mundial!! Parabéns pela exposição!
Berenice Bento
Obrigada, Natasha. Palestina será livre!!
Sayid Marcos Tenório
Excelente exposição, com fotos e textos que revelam a dura forma de vida do povo palestino sob o apartheid de Israel. E o evidente desejo/dever de resistência contra essa opressão. A Palestina e o seu povo nos dão demonstrações diárias de que a resistência por todos os meios é o caminho da libertação. Parabéns, profa. Berenice.
Berenice Bento
Meu amado Sayid, muito obrigada pelo comentário. Nós fazemos parte dessa imensa e global família chamada “internacionalistas”. E, sim, veremos a Palestina livre. A injustiça não durará para sempre!
juliana
Excelente trabalho, professora. Todos os anos, quando por conta das aulas de geopolítica e criação do estado genocida de Israel, dou aulas sobre a Nakba, o holocausto do povo palestino para alunos do ensino médio. Nesse ano de 2023, usarei sua exposição para compor algo mais profundo, ao menos, com uma das minhas turmas. O sionismo precisa acabar. É genocida em sua relação com os palestinos, é letal para as humanidades de quem; ainda criança, é absorvido e educado por ele. Não é à toa que o índice de suicídio entre sionistas é altíssimo. NO fundo, mesmo quem está tão alienado de si mesmo que não consegue perceber o que faz; sabe exatamente o que está fazendo.
Berenice Bento
Estimada Juliana, muito obrigada pelos comentários. Eu acredito que vamos derrotar o sionismo.
Glória Castro Azevedo
Emocionante e doloroso ler os textos e ver as imagens. Obrigada por postar a exposição e possibilitar que possamos conhecer mais um pouco dessa realidade palestina
Berenice Bento
Obrigada pela visita e pelos comentários, Glória.