Pré-lançamento do livro “Brasil, ano zero: Estado, Gênero, Violência”


Data: 18 de agosto. Horário: 17h40 às 18h20  – www.curtaogenero.org.br/subtopico2/lancamento-de-livros/

Quais as conexões entre o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, os reiterados ataques às questões dos gêneros e das sexualidades, o aumento da miséria e a eleição de Bolsonaro? Os artigos reunidos no livro Brasil, ano zero se caracterizam pelo esforço original de oferecer interpretações que negam dois tipos de determinismos; 1º.) o que atribui à natureza biológica a explicação da produção das identidades. Em diversos artigos, a autora irá discutir os efeitos perversos de uma concepção que define nossos desejos e identidades a partir de estruturas neurais, hormonais ou cromossomáticos.

Se este já um debate clássico nos estudos feministas (a tensão entre natureza e cultura), com o governo Bolsonaro ele é amplamente atualizado nos marcos de um governo da morte e da negação da diferença. 2o) o de caráter epistemológico e que se caracteriza por atribuir valores absolutos a uma categoria analítica. Negar o determinismo economicista (fundado na prerrogativa explicativa da classe social) pelo de gênero ou de raça não é uma alternativa porque leva a coisificação da realidade.

Assim, as classes sociais, os gêneros, as sexualidades, as raças (no sentido político) são categorias acionadas nos textos aqui reunidos de forma sistêmica. E nesse processo de complexificação, a família (e não apenas o mundo público, a exemplo do mercado de trabalho) ocupa um lugar de destaque nas análises. A grande contribuição de Brasil, ano zero são as torções que provoca nas respostas binárias e essencializadoras para compreender as ações dos sujeitos e suas interações.

 

 

 

 

 


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