“Quantas vezes as mães saarauias repetiram este rito de despedida? Quantas vezes as mães viram suas filhas e filhos partirem ao longo dos 44 anos em que o povo saaraui luta para voltar para suas casas, hoje sob ocupação colonial marroquina? As histórias coloniais podem ser narradas a partir de datas e eventos reconhecidas pelo mundo. No caso saaraui, o ano 1975 é o marco. Enquanto guerrilheiros da Frente Polisário (representante política do povo saaraui) combatiam contra os colonizadores espanhóis, as Forças Armadas marroquinas se preparavam para invadir o território. “O Saara Ocidental nos pertence!”, gritavam os marroquinos. A Mauritânia também reivindicava o território como seu. É neste mesmo ano, no dia 16 de outubro, que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia declarou que o Saara Ocidental não pertencia nem ao Marrocos tampouco à Mauritânia. Esta decisão foi fundamental para o reconhecimento internacional do direito do povo saaraui ao seu território.”
Artigo na íntegra:
https://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/view/102531/pdf
ISSN: 1984-1191
DOI:https://doi.org/10.22456/1984-1191.102531
ORCID id: https://orcid.org/0000-0001-5839-0097