Tragédias com migrantes no Mediterrâneo são resultado de postura da Europa.
Entrevista à GGN. Confira a entrevista na íntegra no link abaixo:
“Berenice estava em Lampedusa quando as autoridades italianas agiram contra o Louise Michel. “O barco chegou com 200 pessoas resgatadas. Deixou no porto e voltou para fazer mais resgates. Quando regressa, com mais 150 pessoas, o barco é apreendido”, conta.
A professora ressalta a gravidade da situação: estão proibindo o resgate de pessoas naufragas, à deriva ou sob risco iminente. Na Europa, estão proibindo que se salvem vidas de migrantes do Oriente Médio e do norte da África.
Desumanização
Só com a roupa do corpo, em situação de medo e estresse, com mulheres e crianças passando fome, os migrantes, quando vencem a morte na travessia, chegam do mar ao cais sem acesso a banheiros, alimentos ou água. Tudo depende de ONGs que atuam em Lampedusa, uma ilha cuja população de 5 mil pessoas é 25% composta por militares.
Saem do porto e vão para um lugar de acolhida. “Esse lugar é um dos piores lugares em que eu estive na minha vida. Em termos de higiene, desumanização. É pior que o campo de refugiados que eu fui depois, na Grécia”, diz Berenice.